quinta-feira, 14 de abril de 2011

[Cenas] decadadia Psicologia e Psicanálise Nº05 – Março/2011 - Especial Mulher - ISSN 2176-8005

Mulher no banho, Magritte, 1925.

Artigos:
A menina e o espelho: a dura tarefa de se amar a cada dia........................................pag 2
            Gravidez coelhística...................................pag. 6
            Quando a violência entra em casa......................pag 10

Mulher em Cena:
            Evento e Projeto de Atendimento à Mulher vítima de violências............pag. 14


Cena Poética:
            Mulher da vida, Cora Coralina.......................................pag.15




A menina e o espelho: a dura tarefa de se amar a cada dia
Vanessa de Araújo Martins[1]



Ligação perigosa, René Magritte, 1926


Uma cena no espelho
            Hoje me deparei com uma cena que me fez pensar: “uma garota procurando espinhas em seu rosto, mas descontente por não encontrar, apertava as gorduras medianas de sua barriga que, nesse momento, estava contraída ao máximo, passando a imagem para o espelho e tentando convencê-la de que era bonita... a princípio, não se convenceu”.

Estaria mesmo certo Vinicius de Moraes quando afirmou em seu poema: “Que me perdoem as feias, mas beleza é fundamental”?  Nunca achei que ele estivesse errado, mas hoje parece que essa pequena frase ressoa cada vez mais forte, não somente nas mulheres consideradas “maduras e feitas” e que, com o tempo e os filhos, adquiriram formas mais avantajadas e que lutam para voltarem ao corpo adolescente....falo das mulheres de todas as gerações.

“Espelho, espelho (midiático) meu...”
Claro que a mídia tem um peso super poderoso sobre o nosso olhar ferinamente autocrítico ao espelho, afinal estas modelos magérrimas tidas como o padrão da excelente perfeição estão aí e não nos deixam mentir.
            Certa vez participei de uma palestra em que abordava temas do desenvolvimento humano e falava das belezas e dificuldades de cada faixa etária, como da adolescência como período onde se estabelece uma identificação com um determinado grupo e começa-se a fazer parte dele, daí surgindo as identificações/assimilações, amizades, inimizades e a temida rejeição perante o olhar do outro. Uma mãe citou o exemplo de sua filha de quinze anos que queria ficar mais magra para poder entrar em um grupinho de meninas da escola. Neste momento parei e fiquei perdida em minhas recordações escolares que, diga-se de passagem, não tinha a aparência considerada desejável: uma menina alta, hiper magra e de cabelos crespos e que recebia, como todas do tipo, vários apelidos que hoje me soam engraçados, mas que à época tornava-se uma luta ter que enfrentar esses pequenos vilões cotidianos, porém foi uma fase pela qual eu soube passar. E hoje será que os adolescentes estão preparados para lidar com essas alienações e rejeições?
Tenho notado que não, pois nunca houve um índice tão grande de adolescentes e mulheres com dismorfia corporal (termo usado para designar a desconexão ou diferença entre aquilo que a pessoa acredita ser “em termos de imagem corporal” e aquilo que realmente é) e transtornos alimentares, buscando alcançar a excelência da beleza.

Seria a beleza exterior suficiente?
Segundo a teoria evolucionista, a mulher busca a beleza como um dos requisitos utilizado para selecionar um parceiro ideal;  bom, parece-me que esta “técnica” já não é tão válida hoje, pois existem tantas mulheres espetaculares por fora, mas quando é aberto o zíper de todo esse glamour, não há atributos necessários para se ter alguém ao lado.
Fato é: a beleza ajuda SIM, porém, mulheres bonitas tem aos montes, mas ressalto que além da beleza, os homens estão procurando outros atributos para namorar, casar e constituir família, visto que a beleza tornou-se apenas mais um requisito e não regra final.
Não estou dizendo que as ditas lindas e perfeitas não tenham “conteúdos”, algumas fazem jus ao seu título, e a perfeição de fora talvez reflita ao que há “dentro”.  E quando digo “perfeitas por dentro e por fora”, aí se encontram inúmeras características: a estrutura que chama a atenção por onde passa, ou seja, o conjunto beleza, sensibilidade, inteligência dentre outros atributos... a beleza de ser sim mulher... e porque não o sexo frágil e sensível que gosta de flores, poemas, que tem o “dom materno” e a vontade de encontrar o príncipe encantado e com ele viver sua história de amor?
Segundo Novaes e Vilhena[2], o “corpo fala” de várias maneiras e se expressa a todo instante a procura da “felicidade completa”, e nesta busca incessante pela perfeição, o corpo se transforma em um palco de obras e cenas onde nada o apavora, nem mesmo os pedidos da saúde ou da realidade, tal palco feito como campo de contradições e confusões, onde o mesmo corpo que procura simetria é o mesmo que esconde as suas diferenças.
            Atualmente a mulher e sua imagem são sinônimos de beleza e como consequência, bem-estar e jovialidade. A cultura em que vivemos insiste em mostrar tal padronização de perfeição, porém uma beleza que se reduz a corpos esculturais, sexys, que incitam o desejo do outro, usando como uma de suas ferramentas, medicamentos que lutam contra o cansaço e até mesmo contra a idade.
            O que falta hoje à mulher é se ver como uma Diva, não como modelos ditados pela mídia, mas a mulher que a cada dia descobre sua feminilidade, seja com o rosto e o corpo que tiver; cabe a ela cair em si e explorar o que possui de “lindo”: Não gosta dos peitos? Realce a cintura, Não gosta da cintura? Realce o bumbum? Não gosta do bumbum? Realce o rosto, o cabelo.
Nós mulheres temos a vantagem de termos um vasto “campo” para trabalhar e descobrir novos caminhos. E isso não é demagogia, é experiência própria e de pessoas com quem convivo, pois vejo em mim e em cada uma delas o quanto aprendemos a gostar de nós mesmas, a gostar da arte de fazer uma chapinha, um penteado, uma maquiagem poderosa, em colocar uma roupa bonita e olhar no espelho e gostar do que vê. Mas isso é uma tarefa difícil, que merece nossa atenção todos os dias.


Ao invés de olhar no espelho e ver os defeitos, procurarmos também o que há de bom, como o título traz: amar-se a cada novo dia.



Tudo faz parte do processo

            Lembram-se da garota do inicio do texto? Aquela que se contorcia para agradar ao próprio espelho? Bem, essa garota vai lidar com todos os percalços das tristezas e alegrias de ser mulher; torço para que ela tenha um discernimento para tirar bons proveitos de todas estas etapas e que ao final  descubra o quão linda é, e melhor que isso, que ela trabalhe a sua “beleza interior” tanto quanto a exterior, porque como já dizia o poeta, “a beleza é fundamental” sim, mas a inteligência meu caro, não tem prazo de validade e é o que vai convencer no final.

Tentando o impossível, Magritte, 1928



[1] Acadêmica do 9º período do Curso de Psicologia, das Faculdades Integradas de Cacoal - UNESC/RO.
[2] NOVAES, Joana V. e  VILHENA, Junia de. De Cinderela a moura torta:sobre a relação mulher, beleza e feiúra. Interações [online]. 2003, vol.8, n.15, pp. 9-36. ISSN 1413-2907.





Gravidez “coelhística” em humanos

Ana Paula ferreira e Pâmela Silva[1]



Dois casos vivenciados num estágio
Estávamos no Posto de Saúde de uma cidade do interior de Rondônia estagiando na área da Psicologia da Saúde, juntamente com a enfermeira que faz os acompanhamentos pré-natais, quando tivemos a oportunidade de observar dois casos em atendimento que nos chamou a atenção.
            O primeiro era o de uma gestante de dezoito anos de idade, grávida de quatro meses, em seu primeiro atendimento pré-natal. A mesma relatou na entrevista estar grávida de seu segundo filho, sendo que o primeiro tem um ano e oito meses. Quando questionada pela enfermeira sobre o método contraceptivo adotado, a mesma informou que não utilizava nenhum e que estava conformada com a gravidez. Muito foi o nosso espanto e da própria enfermeira que a questionou várias vezes se realmente estava aceitando bem a gravidez. O que mais nos marcou não foi somente o conformismo de uma gravidez não planejada, mas sim a demora em procurar os serviços pré-natais.


Ceci n'est pas une pomme, Magritte, 1984.

                
                  O segundo caso trata-se de uma possível gravidez, pois a mesma procurou o atendimento pré-natal sem antes ter a confirmação da gravidez.  A mesma foi interrogada pela enfermeira, relatou ter uma filha de quatro anos e que estava ansiosa para ser gestante novamente. A enfermeira a encaminhou para realizar o exame sanguíneo para a confirmação da possível gravidez antes de iniciar o processo de acompanhamento pré-natal. Quando interrogada sobre o desejo de ser mãe assim tão jovem, ela disse querer muito, pois foi mãe jovem e isso não tinha sido problema antes.


Novas mulheres, novas maternidades, novos problemas
                    Muito foi a nossa admiração em ter presenciado os dois casos citados, pois nos dias atuais, sabemos que as mulheres estão com uma visão mais ampla de seu papel na sociedade, pois buscam por sua própria independência e seus direitos, aliás proclamam essa “independência”.
                    Antigamente as mulheres eram criadas para serem donas de casa, cuidar do esposo e filhos, mas com o passar do tempo, a mulher conquistou seu espaço na sociedade. Devido à sua busca constante por autonomia, os planos de ser mãe e constituir família foram adiados e em alguns casos extintos.
                    Mas ainda hoje em dia, com tantas formas de prevenção a uma gravidez, ainda há mulheres que levam a sua vida sexual de forma simples e ingênua sem pensar nos riscos que correm, pois tem convencionado que na adolescência a mulher ainda não está preparada psicologicamente para assumir a maternidade, o que poderá acarretar diversos problemas de cunho emocional, social, econômico. Mas não obrigatoriamente.
                    A dificuldade financeira e o impedimento em continuar os estudos, além das dificuldades familiares, o próprio desinteresse, etc, são elementos presentes nas realidades dessas jovens, mas mesmo não tendo o desejo de ser mãe tão jovem, devido a esses fatores citados, enveredam pelo caminho da maternidade precoce. Fato é: temos diversas formas de ser mulher e der mãe na atualidade.


Maternidade sob riscos
                    Nos casos acima citados, observamos que as mesmas possuem um baixo nível socioeconômico, escolar e outras diversas carências. Isso pode  levá-las a gestações na adolescência e a casamentos prematuros.
                    A falta de oportunidade de estudar, cursar uma faculdade, as levam por este caminho ou podem ser conseqüência deste. Essa visão vai passando de geração em geração, pois as mesmas ensinam aos seus filhos o que aprenderam, fazendo com que esta forma de agir seja repetida socialmente.
                    Por haver um certo “conformismo” com essa situação, elas deixam de buscar por novas oportunidades, seja na vida pessoal e profissional, sempre agindo como se a vida que levam fosse o mais alto nível que podem chegar.
                    Mulheres que iniciam a maternidade na adolescência tendem a ter um número maior de filhos durante toda a sua vida reprodutiva e, na maioria dos casos a primeira gravidez não é planejada, e algumas vezes indesejada, ou seja, há uma rejeição do bebê pela mãe. Assim a probabilidade das seguintes gestações adquirirem o caráter não desejado da primeira tem um risco muito alto[2, 3].
                    A gravidez na adolescência é de grande risco para a saúde da mulher, pois a gestação precoce pode prejudicar seu físico não preparado para essa etapa da vida. As conseqüências mais comuns são eclampsia, anemia, parto prematuro e recém-nascido com baixo peso. Além de fatores biológicos, estudos demonstram que a gravidez prematura afeta o psicológico, o social e econômico da adolescente.

Promovendo a maternidade saudável
Uma das formas de prevenção a esse tipo de acontecimento são palestras educativas e conversas sobre sexualidade e gravidez na adolescência. Elas muito ajudam no combate a gravidez precoce, é uma forma mais acessível de informação a todos as classes sociais.
Les jours gigantesques, René Magritte, 1928.


A instrução por parte da família é muito importante e os pais deveriam ser os primeiros a abordar sobre prevenção. O que podemos observar é que ainda há um grande TABU em relação à sexualidade em geral, estendendo à gravidez. Os pais sentem vergonha ou até mesmo acham errado conversar esse “tipo de assunto” com os filhos e filhas. Por não haver essa comunicação no lar, os filhos acabam buscando informações com outras pessoas, que muitas das vezes podem ser errôneas.
Mesmo havendo muitas campanhas de prevenção na mídia e até mesmo nas escolas, esse tipo de situação vem aumentado cada vez mais, como se os jovens não dessem valor a esse tipo de informação, se deixando levar pela de satisfação momentânea e sem pensar nas conseqüências que uma falta de prevenção pode acarretar futuramente.
O papel da Psicologia neste contexto não é somente de auxiliar os jovens e instruir as famílias e os representantes escolares, para que se criem novas formas de intervenção para se trabalhar essa temática. E em casos de gravidez entre os mesmos, ajudá-los a se adaptar com esse momento, evitando assim danos psicológicos, sociais e mesmo a reincidência de novos casos, indesejados. Em suma, contribuir para a gestação de uma nova maternidade mais consciente, autônoma e responsável.





[1] Acadêmicas do 9º período do Curso de Psicologia, das Faculdades Integradas de Cacoal - UNESC/RO.
[2] BERLOFI, L. M., ALKMIN, E. L. C., BARBIERE, M., GUAZZELLI, C. A. F. , ARAÚJOU, F. F.. Prevenção de reincidência de gravidez em adolescentes: efeitos de um Programa de Planejamento Familiar. Disponível em: www.scielo.br/pdf/ape/v19n2/a11v19n2.pdf
[3] TONETE, L. S.; PAMPLONA, V. L. A gravidez na adolescência sob a perspectiva dos familiares: compartilhando projetos de vida e cuidado/Rev Latino-am Enfermagem 2006 março-abril.,14(2):199-206./ Disponível em: www.scielo.br/pdf/rlae/v14n2/v14n2a08.pdf








“Quando a violência entra em casa”

Daiéllen Martins Veronezi e Marcilene Rodrigues da Silva[1]


Le Tombeau des Luteurs – Rene Magritte


Uma mera cena cotidiana...
Amélia é uma mulher tímida, pouco comunicativa, fica sempre envergonhada, constrangida e facilmente se isola, dificilmente sai de casa. Após seu casamento no ano de 2007 com Pedro a vida de Amélia se transformou, e devido a uma briga com seu marido durante uma reunião em família, onde o mesmo diz ter sido envergonhado por Amélia na frente de sua família, começou a agredi-la com palavrões, empurrões, puxões de cabelos, deixando-a constrangida diante de todos. Após esse episodio, Amélia nunca mais foi a mesma e as agressões passaram a fazer parte de sua vida:  hoje Amélia não sai mais de casa e sempre está com manchas avermelhadas em seu corpo, com o semblante triste e psicologicamente abalada.


Uma cena que insiste repetir...
Quem nunca vivenciou ou presenciou um episódio de agressão contra uma mulher? Por que as agressões passam a ser rotineiras na vida de muitas mulheres? E porque elas não reagem? Será medo? Vergonha?
Assim como pudemos identificar a violência contra a mulher “Amélia” no episódio acima, existem muitas “Marias” que são agredidas diariamente e que são expostas a todos os tipos de agressões, seja física, verbal ou psicológica. Essas vítimas de agressões domésticas precisam de algum tipo de apoio, que alguém faça algo por elas, em cujas brigas de marido e mulher, “se meta a colher”, e que as façam  compreender a situação que vivem, que as encorajem a ter uma vida mais digna e sem esse tipo de sofrimento... Que as ajude a, simplesmente, sentir-se mulher e não objeto.



A violência
Violência vem do latim violentia, que significa caráter violento ou bravio. O termo violare significa tratar com violência, profanar, transgredir e deve ser referido a vis, que significa a força em ação, o recurso de um corpo para exercer a sua força e, portanto, a potência, o valor, ou seja, a força vital. Violência que é composto por vis, que em latim significa força, sugere a idéia de vigor, potência, impulso. Também traz a idéia de excesso e de destemor.
Assim, mais do que uma simples força, violência pode ser conceituada como o próprio abuso da força. A Violência é, pois, o ato de brutalidade, constrangimento, abuso, proibição, desrespeito, discriminação, imposição, invasão, ofensa, agressão física, psíquica, moral ou patrimonial contra alguém, caracterizando relações que se baseiam na ofensa e na intimidação pelo medo e pelo terror.
A agressão atinge um grau de brutalidade tão grande que é considerada também um grande problema de saúde pública. A mulher sempre ficou relegada a um segundo plano, preterida e colocada numa situação de submissão, discriminação e opressão, o que a coloca em um processo histórico de vitimização pelo sexo masculino.
Entretanto, não podemos ignorar as conseqüências que essas práticas acarretam sob as mulheres, chegando a causar problemas, muitas vezes, irreversíveis, quando não a morte. A Psicologia é desafiada nesse caso, em particular, a ajudar no enfretamento desse sofrimento.



Cenas de saída à agressão
Considerando que as vitimas da violência passam por diversos constrangimentos, é necessário que seja feito algo para que possam ter seu sofrimento tratado.
Ritt, Cagliari e Costa[2] destacam que são direitos de terceira geração os direitos de gênero, ou seja, aqueles que se refere à dignidade da mulher, à subjetividade feminina.  Proteger a mulher da violência doméstica, da qual sempre foi vítima, conforme abordado, é tornarmos efetivos os seus direitos humanos da terceira geração.
No entanto, se faz necessário dar prioridade e apoio às mulheres vitima de agressões, com intervenções psicológicas, para que elas possam se sentir mais protegidas e amparadas, como também deve-se orientar e conscientizar os agressores sobre a gravidade e os transtornos que causam seus atos violentos.
Les amants, Rene Magritte, 1928.


Considerando a vítima, é necessário que se trabalhem as suas habilidades sociais para que saibam lidar e se defender quando forem agredidas: que a vitima tenha um repertório comportamental capaz de inibir a ação do agressor.
Faz-se necessário conscientizar os agressores e também dar um suporte e apoio para que os mesmos possam compreender o seu grave comportamento e desenvolvam habilidades comportamentais socialmente aceitáveis e saudáveis com suas parceiras. Mesmo que seja muito difícil modificar a personalidade de um indivíduo agressor é possível que os ajude a desenvolver novas formas relacionais não baseadas na violência.


Obviamente, junto com as estratégias educativas e psicológicas, não podemos descartar, aliás devemos tê-la como aliada, a força da lei e da repressão legal sobre tais atos. Em especial, nos referimos à Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, também chamada de “Lei Maria da Penha”[3].
Nesse sentido, como lembram Ritt,Cagliari e Costa, todas as mulheres sonham com a felicidade, o sonho da mulher depositado no casamento, em ser a rainha do lar, em ter uma casa para cuidar, os filhos para criar e um marido para amar, e é isso que elas tem como direito: serem respeitadas e amadas.






[1] Acadêmicas do 9º período do Curso de Psicologia, das Faculdades Integradas de Cacoal - UNESC/RO.

[2] RITT, C. F. CAGLIARI, C. T. S. COSTA, M. M. Violência cometida contra a mulher compreendida como violência de gênero, disponível em: http://www6.ufrgs.br/nucleomulher/arquivos/artigo_violencide%20genero

[3] Para conhecer a lei na íntegra, acesse:




Mulher em [Cena]:



UNESC realiza evento e lança projeto de atendimento jurídico e psicológico à mulher vítima de violência em Cacoal/RO


            O evento alusivo ao Dia Internacional da Mulher, ocorreu dia 12/3, com a mesa redonda “Mulher e Violência em Cacoal: Contribuições dos Segmentos Públicos, do Direito e da Psicologia”.
Na abertura a prof Rita Lima – coordenadora geral de ensino da Unesc que fez a leitura de seu artigo sobre a mulher, seguida de uma apresentação musical pelo prof Cleber Assis, coordenador geral da Extensão. A mesa redonda foi composta pelos expositores: Cleber Lizardo de Assis, Professor do Curso de Psicologia e Coord Geral de Extensão da Unesc, Carina Gassen Clemes, professora do Curso de Direito da Unesc, Rogério Dias, Coordenador do Curso de Psicologia da UNESC, Dra Anita Wessel, Delegada da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher e da Família de Cacoal, Dra Iris Cristina Gurgel Pini, Advogada e professora Universitária e o Dr Jhonny Gustavo Clemes, Juiz de Direito da Comarca de Cacoal.
Ao final aconteceu um debate com o público presente e foi assinado por todos debatedores convidados, um protocolo de intenção para a execução do projeto de extensão “Mulher Viva – Projeto de Atendimento Psicossocial e Jurídico à Mulher vítima de violência em Cacoal”.
            O projeto de extensão será desenvolvido de forma interdisciplinar pelos cursos de Direito e Psicologia, em parceria com a Delegacia da Mulher, e deve oferecer atendimento psicológico à mulher na própria Delegacia, atendimento psicológico a familiares na Clínica de Psicologia da Unesc e atendimento jurídico no Núcleo de Práticas Jurídicas da Unesc. Mais informações: Núcleo de Extensão e Atividades Complementares, coord. Prof Cleber Assis – Cleber@unescnet.br





[CENA] poética
:
mulher da vida, De: Cora Coralina, 1926

Mulher da Vida,
Minha irmã.
De todos os tempos.
De todos os povos.
De todas as latitudes.
Ela vem do fundo imemorial das idades
e carrega a carga pesada
dos mais torpes sinônimos,
apelidos e ápodos:
Mulher da zona,
Mulher da rua,
Mulher perdida,
Mulher à toa.
Mulher da vida,
Minha irmã.






Iniciamos nessa edição a Série Magritte, expondo obras de René Magritte (1898-1967), importante artista belga surrealista. Conheça mais de sua vida e obra:
http://www.musee-magritte-museum.be e http://www.magritte.be/




[Cenas
] é um periódico de psicologia e psicanálise, de produção independente e pode ser reproduzido desde que citados a fonte e a autoria; objetiva a discussão das cenas humanas na atualidade, em perspectivas psi multidisciplinares; tem por base conceitos como acessibilidade, sociabilidade e conhecimento com relevância social criador e editor: Cleber Lizardo de Assis edições anteriores para baixar e circular: http://cenasdecadadia.blogspot.com








Orientação para submissão de trabalhos: 1) Público-alvo: estudantes, pais, educadores; 2) Pede-se linguagem acessível, de contribuição psicossocial, mas sem o formato acadêmico clássico; 3) Priorizar temática com relevância social, a partir do campo psi em suas mais diversas teorias e abordagens; 4) Formato do artigo: média de 800 palavras, fonte garamond 12; 5)Metodologia “Cenas”: buscar a seqüência de “cenas” cotidiana, contemporânea, pática e outras (profiláticas/interventivas etc); 6) Além de artigos, poderão ser submetidos materiais inéditos de outros formatos: poesia, charges, crônicas, breves contos etc 7) Email para envio: kebelassis@yahoo.com.br







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